A publicidade usou desenhos animados para criar comerciais que fizeram história na TV.
Magalhães Júnior elegeu as suas favoritas e faz uma viagem pela propaganda nos anos 1950, 1960 e 1970.
O jingle, que seria depois parte do desenho animado dos Cobertores Parahyba, surgiu em 1951 na TV Tupi.
Era a música que o maestro Erlon Chaves criou para avisar as crianças que estava na hora de ir dormir.
O então publicitário José Bonifácio Sobrinho, o "Boni", comprou os direitos em 1960 para utilizar no comercial. A animação foi feita por César Mêmolo.
Magalhães Júnior apresenta também as criações de comerciais com desenhos animados para D.D.Drin (Rock dos Insetos), Casas Pernambucanas, Esso (as gotinhas desenhadas por Guy Lebrun) e Varig (Urashima Taro).
Personagens animados também fizeram sucesso nos intervalos comerciais e são lembrados até hoje. São exemplos o Variguinho; o homem azulzinho dos Cotonetes Johnson; o frango Lequetreque (o primeiro personagem premiado no exterior), da Sadia; o Bond Boca, da Cepacol; o Arroz Brejeiro e seu companheiro, Marinheiro.
Houve também o caso da baratinha do inseticida Rodox. Era para ser um inseto repulsivo, mas acabou caindo no gosto da criançada. Resultado: as crianças pediam que os pais não comprassem Rodox para não matar a pobre baratinha)
Houve caso em que as agências usaram personagens já conhecidos, como o Jotalhão, personagem de Maurício de Souza, para o extrato de tomate Elefante, da Cica.
Ou Sujismundo, criado e elaborado por Ruy Perotti, em 1971, para uma campanha do governo federal sobre limpeza urbana: "Povo desenvolvido é povo limpo".
No final, Magalhães Júnior conta ainda a história de personagens criados no exterior e que foram adaptados para o Brasil. O caso mais conhecido é o da "Turminha Brava", do lubrificante automotivo Barbhal.
O Detetive Bardhal chegou ao Brasil em 1956. Tinha que enfrentar os vilões que queriam desgastar as peças dos carros.
Por aqui, esses malvados ganharam os nomes de Carvãozinho, Chico Válvula Presa, Zé dos Anéis Presos e Antônio Sujo. Em 1963, foi criada a personagem Clarimunda exclusivamente para o mercado brasileiro