Cometa, e não asteroide, causou extinção dos dinossauros, dizem astrônomos

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Cometa, e não asteroide, causou extinção dos dinossauros, dizem astrônomos

16 de fevereiro de 2021

Segundo a hipótese atualmente mais aceita, a extinção  de 75% das espécies de animais e plantas da Terra, incluindo os dinossauros, no final do período Cretáceo (Extinção K-Pg) foi causada pelo impacto contra nosso planeta de um asteroide com tamanho entre 10 a 15 km de diâmetro, 66 milhões de anos atrás.

Originalmente proposta pelo cientista norte-americano Luis Alvarez e seu filho, Walter Alvarez, na década de 80, ela ganhou força na década de 90 quando a cratera resultante do , com 180 km de diâmetro, foi encontrada na fronteira entre a península de Yucatán e o Golfo do México. Hoje ela é conhecida como Cratera de ChicxulubCientistas acreditam que o asteroide era do tipo Condrito Carbonáceo, um dos mais primitivos entre os conhecidos. Mas este tipo de asteroide é raro no cinturão de asteroides entre  e . Ele é mais comum entre os objetos da Nuvem de Oort, um grupo de asteroides, planetesimais e cometas que circunda nosso sistema solar, orbitando a uma distância entre 0,03 e 3,2 anos-luz de nosso sol.

Ilustração mostrando a distância entre a Nuvem de Oort e o sistema solar interior. Cada distância indicada na parte de baixo da linha é 10 vezes maior que a anterior. A seta vermelha indica a posição da sonda espacial Voyager 1, lançada em 1977. Imagem: Nasa / JPL-Caltech

Mais especificamente, a composição é comum entre os cometas de longo período, que levam de 200 anos a milhares de anos para completar uma volta ao redor do Sol. Ao estudar a taxa de impacto de asteroides em  semelhantes à Terra, Amir Siraj, um graduando em astrofísica em Harvard, decidiu calcular também a taxa de impacto de cometas, e realizou simulações numéricas para calcular o fluxo de cometas de longo período em nosso sistema solar.

“O que eu encontrei de mais impressionante foi que uma fração significativa de eventos em que um cometa cruzava a órbita da Terra era diretamente precedida por um encontro próximo com o , algo que ocorre em uma classe de cometas presos em órbitas altamente excêntricas devido a suas interações gravitacionais com o sistema composto por Júpiter e o Sol”.

Estes cometas são conhecidos como “Sun Grazers”, e estima-se que 20% dos cometas de longo período se transformam neles. Um Sun Grazer com tamanho entre 10 e 60 km seria despedaçado pela força gravitacional do Sol, de forma similar ao que aconteceu com o cometa Shoemaker-Levy 9 quando colidiu com Júpiter em 1994.

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