BOPE (Brasil)
O treinamento militar dos membros do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) da Polícia Militar do Rio de Janeiro, é considerado um dos mais difíceis do mundo. A fim de combater o crime em favelas dominadas por facções, o Batalhão foi criado em 1970. Para isso, portanto, os militares passam por um processo de seleção ao longo de três meses.
No primeiro mês, por exemplo, chamado de mês do inferno, os militares passam por períodos de privação de sono e negociam as refeições com exercícios. Ao mesmo tempo, precisam sobreviver na selva e realizar atividades que envolvem lutas corporais ou marchas à cavalos sem sela. Dessa maneira, é comum que o processo aprove até menos que 10% dos candidatos, durante uma seleção.
SEALs (Estados Unidos)
Os SEALs formam o principal grupo de operação especial da Marinha dos Estados Unidos. Sendo assim, é natural que sejam submetidos a um treinamento militar singular e diferenciado. Assim como no caso do BOPE, a primeira fase é a mais desafiadora, aqui chamada de Semana Infernal.
Além disso, é comum que os exercícios aconteçam na água, já que o grupo faz parte da Marinha. Entre os testes estão resistência ao frio, mergulhos em poços sem visibilidade, testes de flutuação e desafios de apneia. Nesse último, por exemplo, existem testes que colocam os candidatos presos com algemas no fundo de um tanque, para que eles tentem escapar.
SAS (Reino Unido)
SAS é a sigla de Special Air Service (Serviço Aéreo Especial), unidade do Exército da Grã-Bretanha. No treinamento militar especial, os membros são largados no meio do nada e precisam passar por um teste desafiador num período de 20 horas.
O teste consiste em percorrer quase 65 km no local abandonado, mas não se resume a isso. Para realizar a missão, os candidatos não possuem acesso a comida ou bebida, além de carregarem uma mochila com 25 kg de peso e a própria arma. Além disso, os calçados dos candidatos são oferecidos com números diferentes, maiores ou menores do que os utilizados normalmente.
O treinamento é tão extremo que em 15 anos cerca de 125 pessoas morreram tentando realizá-lo.
GSG9 (Alemanha)
Em 1972, a Alemanha criou uma unidade policial especial para combater terroristas e resolver casos singulares de sequestros, resgates e outros. A GSG9 possui um treinamento militar conhecido por ser desafiador, apesar de não ter muitos detalhes públicos. Isso porque até mesmo a identidade de seus membros é um segredo de estado.
Entretanto, sabe-se que o teste tem baixa taxa de aprovação, com apenas um aprovado em cada cinco candidatos. O processo dura 22 semanas e envolve testes de risco, pressão psicológica, resistência física e manuseio em armas de fogo.
Em 2005, quando foi realizado o Swat World Challenge – competição que reuniu tropas de elite do mundo todo –, membros da GSG9 ganharam todas as provas.
GIGN (França)
Na França, o Groupe d'Intervention de la Gendarmerie Nationale (GIGN) também foi criado para atuar situações similares às combatidas pelo GSG9. Para isso, candidatos passam por um treinamento militar intenso ao longo de seis a oito semanas.
Os principais testes consistem em aprender a manusear explosivos e praticar artes marciais, mas sem a intenção de matar os oponentes. Dessa maneira, os testes com armas de fogo também são extremamente desafiadores. Aproximadamente 10% dos candidatos inscritos conseguem cumprir o treinamento até o final.